PM preocupada com a segurança do Lacerdão

A preocupação com a segurança do torcedor que for ao estádio Luiz José de Lacerda, amanhã à noite, assistir à partida entre Central e Palmeiras, válida pela segunda fase da Copa do Brasil, ficou evidente durante a visita que o Batalhão de Choque fez na tarde de ontem à praça de esportes alvinegra. Durante a detalhada vistoria, que foi acompanhada de perto pela diretoria da Patativa, não faltaram recomendações para deixar tudo em ordem até o momento em que a bola comece a rolar. A principal delas foi para deixar as duas torcidas separadas, não apenas dentro do estádio, como também nas ruas próximas ao Lacerdão, de forma a evitar qualquer possibilidade de confronto. Apesar de a diretoria alvinegra ter colocado 20 mil ingressos à venda, os representantes do Batalhão de Choque alertaram que seria necessário reduzir pelo menos em 20% o total de ingressos, até mesmo para uma maior segurança do torcedor, para que seja feito o efeito sanfona na separação das torcidas no tobogã da avenida Professor José Leão.

O presidente alvinegro, Ronaldo Lima, retrucou, lembrando que o número de ingressos pedidos estaria dentro da margem de segurança do estádio, cujo maior público registrado chegou a ultrapassar os 28 mil torcedores, na histórica vitória da Patativa diante do Flamengo, por 2x1, no Brasileirão de 1986.

Por precaução, o Batalhão de Choque pediu que o tobogã ficasse todo reservado à torcida palmeirense, o que viria a facilitar até mesmo no acesso do público, com a separação das torcidas, já nas imediações do estádio, cujos portões serão abertos a partir das 18h. Foi solicitado também que todas as bilheterias da avenida Professor José Leão sejam destinadas à venda de ingressos para a torcida visitante, ficando as demais para a torcida alvinegra. Quanto ao trânsito na avenida Agamenom Magalhães, o trecho em frente ao estádio será interditado a partir das 15h. Uma das preocupações do choque foi em relação à venda aleatória dos camarotes e principalmente das cadeiras cativas abaixo do tobogã, sem determinação específica de locais para os torcedores das duas equipes.

“Eu vou dar uma orientação técnica com os serviços que precisam ser feitos pela diretoria para uma melhor segurança ao torcedor e repassarei todas as exigências para o Ministério Público, podendo o Central vir a responder por qualquer problema que venha a acontecer, caso essa orientação não seja seguida”, alertou o tenente Rodrigo Moraes, lembrando que os portões serão fechados a partir do momento em que for caracterizado a superlotação.

O Choque ainda exigiu que todos os portões de acesso ao gramado abram para frente e para trás. Por precaução, solicitou também que sejam soldadas todas as grades das canaletas de escoamento de chuva existentes na arquibancada, bem como não ficassem à mostra as partes pontiagudas dos alambrados, além da pintura de toda a sinalização das escadarias de acesso às arquibancadas, cadeiras cativas e sociais do estádio. A diretoria alvinegra assegurou que fará o possível para atender ao máximo às exigências feitas pelo Batalhão de Choque.

Matéria da Folha de Pernambuco